sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Até um dia, quem sabe.

Estou indo embora. E não volto mais. Cansei de te esperar feito uma boba, enquanto você se diverte por aí. Cansei de me doar inteira e intensamente, e não receber um pingo da metade desse amor. Cansei de acreditar na ilusão de que tudo voltará a ser como antes. Agora, com toda a certeza, estou cumprindo o que já vinha te alertando há tempos: estou partindo para nunca mais voltar.

Por favor, entenda. Não quero mais participar desse seu joguinho onde só você ganha. Chegou a minha vez de ganhar, meu bem! Tenho que recuperar o tempo que perdi, em vão, esperando por você. Meses! Tens noção do que são meses de espera? Para você pode ser coisa boba, afinal quem ficou segurando a corda para ela não arrebentar foi eu, mas, pra mim foram novidades perdidas.

Não me venha com desculpas, te peço. Não me procure dizendo que tudo já está sendo resolvido e que, em dias, você poderá ser totalmente meu. Não venha me iludir com suas promessas, querido. Graças a Deus já me vacinei desse mal. Não acredito mais em suas palavras, nem sofro mais com sua ausência. Vou andar com meus próprios pés! Não que antes eu andasse com os seus, porém, além de pensar em mim, pensava em você. Coisa que você nunca fez.

Você é aquele tipo de pessoa que diz aproveitar as boas oportunidades que batem á sua porta, mas me pareceu estúpido o suficiente para não enxergar o que anda ao seu lado. Ou melhor e mais realista: andava! Pois agora estou partindo. Deixando você e o seu desejo de abraçar o mundo inteiro sozinhos. Uma coisa é certa: nesse seu mundo não haverá mais nada de mim. 

Não ouse dizer que eu nunca tentei. Ao contrário, pedi as estrelas, os cílios, as velinhas de aniversário, ao cruzar dos dedos e as sete ondinhas que tudo corresse ao nosso favor. Eu queria muito que desse certo. Muito! Mas que muita coisa nessa vida. Mas, infelizmente, meu querer não basta por nós dois.

Aproveita a minha ausência e para pra analisar onde foi que você errou. Talvez tenha sido nas diversas vezes em que eu te perguntei o que seria de nós dois e você vivia fugindo do assunto. Ou por causa da sua terrível indecisão. Logo você que se diz tão bem resolvido. 

Vai, seja feliz! Assim como eu estou tentando ser. Está sendo difícil, pois uma parte de mim não quer te deixar - ou talvez a parte inteira -, mas eu sei que é a melhor coisa a se fazer. Tanto para mim, quanto pra você. Reflita, sério. Desculpe-me se te peguei de surpresa com essa atitude, mas assim você enxergará que o mundo não gira ao seu redor. Essa coisa de "aceitar migalhas" já estava me sufocando. 8 ou 80, querido.

Não considere isso um "adeus". Ainda gosto muito de você. Mas, uma coisa eu exijo: só tome a liberdade de me procurar quando você estiver decidido a ficar apenas comigo. Caso contrário, até um dia, quem sabe. Só o tempo irá dizer.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Muitas vezes nos decepcionamos com as pessoas por causa de suas atitudes ou palavras. O pior é quando você dá uma nova chance na esperança de que tudo seja diferente, mas a pessoa insiste no mesmo erro. E você se pergunta: até quando vai aturar esse ciclo vicioso? Até quando vai engolir sapos, atitudes e palavras que só fazem te decepcionar por alguém que não merece - não mais - as chances que você dá e as desculpas que aceita? Ás vezes, nem você sabe. Mas, por mais que isso te deixe triste, a ausência da pessoa é ainda mais dolorosa. Vai entender."

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Nota: Não sei muito bem o que é isso. Um desabafo, quem sabe. Mas é isso. rs

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O que é amor?

Dizem que o amor é estar ao lado do outro em todos os momentos. É não trair e enganar. É ser verdadeiro. Sentir segurança e passar segurança. É querer bem, sentir-se completo e ter vontade de ficar junto sempre. É cuidar e se doar. Ou seja, ilimitadas definições. Mas, e para você, o que é amor?

Muitas vezes, ao embarcamos em um relacionamento, sentimos o coração acelerar ao ouvir a voz daquela pessoa do outro lado do telefone ou quando o celular vibra avisando que chegou uma mensagem nova. Sentimos a mão suar, as pernas tremerem, as palavras sumires e pronto, já é motivo para, uma ou outra pessoa, achar que estar amando. Começa aquela coisa de você-é-o-amor-da-minha-vida, te-quero-para-sempre ou, no tempo em que o finado orkut era muito utilizado: D@nii && C@RLÕS amor eterno.  

Digo e repito: não estou aqui para julgar sentimentos de ninguém! O sentimento é seu, o amor é seu, você quem sente e não eu. Porém, eu sempre achei que as palavras tem poder e, por isso, temos que parar e analisar o que estamos falando. Sou daquelas pessoas clichês que acreditam no verdadeiro amor. Me zoem o quanto quiser, mas eu sou assim. Fazer o quê, o jeito é ser. E por isso, acho que o "eu te amo" só deve ser dito se você realmente sentir. E não assim, da boca para fora.

Tem muita gente ai que se engana achando que amor é só beijo, abraço, relação sexual e dividir momentos bons e ruins. Sim, pode ser isso. Porém, esquecem do mais importante: amar é, também, aceitar a parte feia do outro. O lado desagradável do amor.

O que eu quero dizer com a parte feia do amor? É reconhecer que o outro não é perfeito, mas aprender a lidar com isso. É falar normalmente e em troca receber uma "patada" e não devolver da mesma forma, mas sim, sentar e perguntar se está tudo bem. É saber perdoar e ouvir. É compreender que assim como você, o outro não é perfeito e haverá sim aqueles dias em que o ânimo dele não estará um dos melhores. Que terá dias em que ele poderá ficar irritado e pedir para ficar só. E, principalmente, não desistir por bobagem.

Vejo muitos casais discutirem por coisa boba e colocarem um ponto final no relacionamento. Alguns voltam, outros não. Porém, eu fico pensando: o quê?! Como assim acabou?! E aquela coisa de você-é-a-minha-vida, a minha-metade-da-laranja, a peça-que-faltava-no-meu-quebra-cabeça, onde ficou? Se você realmente está amando, por qual motivo jogou tudo para o alto por coisa desnecessária? Estava de cabeça quente? OK, eu entendo. Mas não é assim, chega e põe um ponto final em tudo. É para isso que existe o amanhã a gente conversa, vou esperar você esfriar a cabeça e colocar seus pensamentos no lugar. Mas não. Muitos não persistem nesse amor, não continuam. Acham mais fácil fugir do problema e do relacionamento. Eles não arriscam, sabe? Arriscar faz parte do amor. Algumas pessoas não tentam consertar o erro. Fico chateada com isso, sinceramente. Se realmente é importante para você, corre atrás. Faz valer aquele "eu te amo" ou "amor eterno" dito. É orgulhoso? Engole o orgulho uma ou duas vezes na sua vida. Orgulho e amor é igual a bebida alcoólica e automóvel: não combinam! Vai atrás, admite ter reconhecido o erro e pede desculpas. É simples. Ou é mais fácil acessar o Facebook e postar "tô na pista pra negócio"? Já vi muita gente fazer isso e achei chato, de verdade. E a pessoa se acha O foda. Acho engraçado essas pessoas que encontram o amor da sua vida diversas vezes no ano.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tudo o que eu precisava te dizer

Eu nunca tive medo do amor, mas eu também não queria me apaixonar. Porém, sabe aquela história de que, quando menos esperamos as coisas acontecem? Então, aconteceu. Em 2009 eu me apaixonei.


Cada coisa em você me fascinava. A maneira de agir, o modo de pensar, o olhar, o sorriso e o tic-tic nervoso que você tem na mão enquanto dorme. A voz, as palavras, o beijo, o abraço e a forma como segura em minha mão. Foi só questão de tempo para que eu percebesse que havia me apaixonado loucamente. Perdidamente. Intensamente.


A cada dia me doava mais e mais a esse amor. Quem me via percebia, só pelo simples fato de me olhar, o quanto eu estava feliz. Eu tinha encontrado o primeiro amor. Eu estava vivendo o tal primeiro amor.


Eu te conheci. Conheci os medos, os sonhos, as metas que pretende alcançar. Descobri as vontades, os desejos e a esperança de tornar-se uma pessoa melhor do que já é. Conheci os amigos e a família. Conheci o passado - ou uma parte dele. E te deixei me conhecer. Mostrei todos os meus medos e o quanto eu ficava triste por bobagem. Te deixei ver as minhas fraquezas e o meu desejo de tornar-me um alguém mais forte. Contei meus sonhos e o meu medo de não conseguir realizá-los. Mostrei minha felicidade com pequenas coisas e o quanto eu estava contente por estar em uma relação amigável com meu padrasto. Mostrei a mulher que havia escondida, perdida dentro dessa garota.


Não sei se você viu, mas eu te amava a cada dia mais. Não foi amor quando, no dia 12 de Junho de 2010, eu comprei de última hora um presente para você. Não foi amor quando eu te elogiava ao te ver bem arrumado e mais lindo do que nunca. Não foi amor quando eu morria de vergonha ao te beijar em publico. Não foi amor quando eu te apresentei a minha família, nem quando eu te mandava recados no orkut. Não foi amor quando eu fiz um bolo de chocolate para você comer quando chegasse do hospital onde estava seu avô. Mas foi amor quando recebi sua ligação e te ouvi dizer que tinha passado mal e estava na emergência há horas sem alimentar-se e, no mesmo instante, eu larguei tudo e fui debaixo de um sol super quente (quem mora em Salvador sabe do que eu estou falando) comprar frutas e sucos para depois ir andando até a emergência te dar - vale ressaltar que minha casa é longe da emergência. Foi amor quando eu te vi, pela primeira vez, chorar porque você estava desistindo de uma coisa importantíssima e eu te abracei e disse para você correr atrás do que deseja. Foi amor quando eu fui à sua casa te pedir desculpas por algo que eu nem fiz e quando fui te buscar no ponto de ônibus porque estava chovendo e você estava sem guarda-chuva. Foi amor quando eu fui irônica por causa de ciumes e quando eu te liguei só para saber se estava tudo bem. Foi amor quando eu perdi o meu sossego ao te ver triste. Foi amor quando eu conheci os seus defeitos, mas não soltei a sua mão. Foi amor quando eu fiquei te esperando, intacta quando você cometia um erro ou me deixou esperando por três meses. Foi amor, sempre. Mas você nunca valorizou isso.

Você sempre disse que me amava, mas sempre me fez duvidar do seu sentimento, pois demonstrava de uma forma "estranha". Você, que se diz tão bem resolvido, me fez ficar te esperando duas vezes por causa da sua duvida imbecil quando o assunto era nós dois. E, nesse tempo, eu me perguntei inúmeras vezes o que faltou. Fiquei louca! Não queria perder meu primeiro amor. Não queria um segundo ou terceiro amor. Errei em amar demais? Me doar demais? Deixei faltar algo? Mas, finalmente, acordei e consegui enxergar que o erro não é meu. O erro é seu! Tá deixando escapar uma das pessoas que mais te ama e faz de tudo por você. Não preciso de alguém que não queira estar comigo. Não preciso e nem quero implorar por migalhas do seu amor. Eu cansei de sofrer, chorar, passar noites em claro... Chega! Não quero mais isso para mim. Do que adianta eu fazer de tudo por você, enquanto não te vejo mover um dedo para impedir minha partida? Hoje, finalmente, eu percebi que preciso te deixar. Vai doer? Vai! Nas primeiras semanas vou chorar desesperadamente, vou sofrer, me arrepender, incomodar o meu melhor amigo, perder o apetite, deixar minha mãe preocupada, mas preciso fazer isso. Depois de várias semanas, lembrarei-me de você nos finais de tarde, ao ler um texto que descreve uma situação que passamos, mas dormirei tranquila. Vou ligar o rádio, vai passar uma música que me fará relembrar os bons momentos e, talvez, eu até derrame umas lágrimas, mas depois estarei sorrindo novamente. Sorrindo mesmo, em todo o sentido da palavra!


Agora, aqui neste exato momento, tenho vontade de te ligar e dizer para você acordar e dá um choque no meu coração porque eu preciso ver que você ainda sente. Quer. Deseja estar comigo. E te alertar, pois você está se achando "O" cara, mas não vê que eu posso partir a qualquer momento. E te pedir para vim me ver, mas depois te dizer com todas as letras que você é um o-t-á-r-i-o! Tá deixando escapar uma das melhores pessoas que apareceu na sua vida. E tá brincando muito com a sorte. Meu bem, entenda: mulheres como eu está sendo uma raridade hoje em dia. Porém, você não enxerga isso, estúpido! Sabe de uma coisa? Levanta as mãos para o céu e agradece. Agradece por ninguém ter mexido totalmente comigo ainda. E agradece, principalmente, o fato de eu ainda estar aqui fazendo de tudo por você. Sabe por quê? Por que quando eu for, não voltarei atrás. E quando você resolver abrir os olhos, eu já estarei tendo uma conversa normal com você sem ter aquele maldito desejo de te beijar, abraçar e cuidar, cuidar, cuidar. Quando você resolver limpar os olhos e enxergar o que está ao seu lado, reza para que não seja tarde demais, pois, talvez eu esteja te dando tchau sem morrer com a sua partida, otário.


"Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui."

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ex amigas para sempre

Não cresci ouvindo que partidas acontecem com frequencia na nossa vida. Porém, se não aprendemos ouvindo, aprendemos ao passar por tal experiência.
Sempre me perguntei por qual motivo ninguém fica "pra sempre". Chega, registra sua marca e se vão, deixando muito - ou pouco o suficiente para fazer falta - de si e, quem sabe, levando um pouco de nós. Porém, por mais normal que seja, eu não consigo me acostumar. Me apego fácil as pessoas, o que não é nada legal. Não pra mim.


E há alguns dias foi assim. Tinha uma amiga na qual eu confiava e gostava muito. Demais! Sabe aquela pessoa que você tem como confidente? Aquela que você procura para desabafar, conta tudo, pede conselho, faz e acontece ao lado dela e cria histórias que serão lembradas para o resto da vida? Então, é desse tipo de amizade que estou falando. Caso me perguntassem qual seria a trilha sonora da nossa amizade, eu logo cantaria "amigos para sempre é o que nós iremos ser, na primavera ou em qualquer das estações...". PUFT! Sonhei alto e o tombo foi feio.


Como em toda relação - amigável ou não -, surgiram as tais má fases. Briga, dias sem se falar, discussões por besteiras e pronto. Apesar de tudo, insisti bastante. De todas as formas eu tentei preservar essa amizade. Mas, tem vezes que a corda não aguenta com tal peso e acaba arrebentando. Fala a verdade, por mais que nós não queiramos enxergar, sentimos quando algo não dá mais certo. Percebemos quando o pirão já desandou, se perdeu. Até que o mais certo a se fazer é dizer adeus. Veja bem, não vale a pena insistir em algo que não tem mais conserto. É perca de tempo, bagagem desnecessária. 


Como todos os amigos, passamos bons momentos juntas. Mas acabou. Foi bom enquanto durou. Por mais triste e difícil que seja desapegar-se de algumas pessoas, as vezes, é a coisa mais sensata a se fazer. Não vale a pena prender ninguém, caso ela não queira estar conosco. E dói, eu sei. Pior que aquela morte de saber que nunca mais verá tal pessoa, que ela foi pra "outra vida", é a morte dentro de nós. Aquela morte em que a pessoa "morreu" para gente, mas ainda está viva, entendem? Mas, como muita coisa na vida, a dor passa. Ameniza. E depois, o que podemos sentir novamente é saudade. Aquela saudade serena ao pensar que poderia ter sido tudo diferente. Aquela saudade que não nos faz mais chorar, mas sim, sorrir ao lembrar de tudo que vivemos com aquela pessoa. E, todos sabemos: quem tem que ficar, fica.

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Nota: Desculpem meu sumiço. NÃO ABANDONEI O BLOG! 
Acho que o texto ficou bem confuso, mas ultimamente eu estou assim, confusa. Enfim, não deixem de visitar aqui. Se a tal amiga ler isso, um beijo para ela. E para todos os outros leitores. (:

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Contrato

Faz uns dois meses que combinamos que daríamos um tempo. Você precisa resolver umas coisas e eu refletir em algumas atitudes minhas. No contrato que assinamos, dizia também que, enquanto ficássemos distantes, ainda assim, seríamos um do outro. Mas estávamos livres para conhecer outro alguém. Assinei embaixo, mesmo sem querer.


Dias passam, eu seguro a mão de alguém que não é você, troco olhares com o garoto que passa aqui na rua todos os dias e quase beijo lábios que não eram os seus. Não sei o porquê, mas isso me assustou e preferi ficar quieta no meu canto enquanto você não voltava.


O engraçado é que, mesmo com todas as duvidas e incertezas que você possui em relação a nós dois, mesmo com outras pessoas surgindo entre nós, eu continuava insistindo e acreditando em nosso amor. E você, mais do que qualquer outra pessoa, sabia disso. Você também sabia que eu sairia de onde quer que eu estivesse para ir ao seu encontro. Você sabia que, caso eu tivesse marcado algo com um desses caras que dizem estar atrás de algo sério - e mais firme do que o que temos agora - e você ligasse dizendo que precisava me ver, eu arrumaria qualquer desculpa e ia atrás de você. A verdade é que, mesmo você tendo aberto inúmeras feridas no meu peito, se você me quisesse eu diria sim - até quando era pra dizer não.


Quando você me deixa em casa - depois de um cinema, uma caminhada pela praia à noite e mais coisas que namorados costumam fazer, mas amigos também fazem isso, certo? - depois de mais um encontro amigável, eu sinto aquela preocupação e fico querendo ligar e perguntar se você chegou bem, mas algo impede. Talvez seja o medo de parecer boba demais, pois no nosso contrato diz que ficaríamos amigos e nada mais sério que isso. Por enquanto.


O clima tá ótimo, mas eu com o meu dom de estragar qualquer clima bom entre nós dois, acabo falando ou fazendo algo que não era o momento certo e você decepciona-se e afasta-se. Eu choro, mas depois digo a mim mesma que serei menos intensa e passarei a ser daquelas mulheres em que seguram apenas a mão do carinha e se contentam com isso. Serei daquelas que não esperam uma mensagem de bom dia, que não torcem por uma ligação perdida e juro a mim mesma que é melhor assim, amizade colorida. Mas ai você volta trazendo junto consigo o seu jeito convencido, as paródias sem pé nem cabeça que você cria e a sua mania de fazer-me rir com qualquer bobagem. Mas mesmo estando feliz com sua "volta", eu pergunto: se rimos tanto juntos, se querendo ou não, procuramos o abraço um do outro, por qual motivo estamos longe? Se continuamos agindo como um casal, porque diabos estamos longe? Se juramos ainda ter um carinho especial um pelo outro, porque não ficamos juntos? Releio o contrato, porém não acho as respostas. Você não sabe me responder. Até que lembro-me que uma vez me disseram que amor nunca foi o suficiente para unir duas pessoas. Os dois tem que querer estar juntos de corpo e alma. Mas responda-me, se eu me interessar por outro alguém o que aconteceria? Se eu me sentisse segura em outros braços o que você faria? Se meus pensamentos não fossem mais voltados para você, como você reagiria? E nesse momento você pega em minha mão e com a outra acaricia o meu rosto dizendo que tem coisas a resolver, mas o seu amor ainda é meu. E eu peço para você não me olhar assim, não me tocar daquele jeito, não me beijar dessa forma, mas você com sua voz e esse jeito irresistível faz com que eu me esqueça do contrato e me entregue. E acabo esquecendo também da mulher-forte-e-que-não-precisa-de-você-para-ter-uma-vida-extremamente-feliz e deixo você deitar nas minhas pernas enquanto te faço um cafuné e volto a criar o nosso amor perfeito. Volto a buscar esperanças de um lugar desconhecido, acreditando que se não for hoje, amanhã você acaba ficando de vez. Mas eu não deixo você saber dessa minha esperança, porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre*.


Mesmo triste, aceito e adapto-me a esse ciclo que ninguém entende. Continuamos seguindo o que diz no contrato só porque você é o homem que se diz resolvido, mas que acaba tornando-se mais um garoto confuso que abre a boca para dizer que me quer, mas que parecer não mover um dedo para ficarmos juntos. E assim vamos seguindo a vida: jurando a nós mesmos que estamos bem com essa situação, mas um vez ou outra deixando escapar entre um forte abraço, um cafuné e o entrelaçar de nossas mãos um "eu te amo!". 

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Nota: Meus lindos, quanto tempo. Ando bem ausente, eu sei, mas volto a dizer que não abandonei aqui certo? Achei esse texto aqui nos perdidos que fiz no começo do ano, mas arrumei algumas coisas e agora resolvi postar. Espero que gostem.
* trecho de um texto da Tati talentosíssima Bernardi

quinta-feira, 8 de março de 2012

Parabéns a você, mulher.


Parabéns a você que aguenta a cada mês do ano uma cólica insuportável e as terríveis mudanças hormonais. 


Parabéns a você que mesmo destruída por dentro, consegue levantar a cabeça e seguir em frente mostrando ser forte.


Parabéns a você que carrega um filho durante nove meses no seu ventre e que está disposta a fazer tudo para protegê-lo e para lhe dar uma boa educação.


Parabéns a você que ama esmaltes, faz coleção de sapatos e surta ao ver que sua loja favorita está em liquidação.


Parabéns a você mãe, filha, amiga, esposa, namorada, irmã, tia, avó.


Parabéns a você que é sensível, batalhadora, guerreira, sonhadora e que mesmo conhecendo um grande cafajeste, continua acreditando no amor verdadeiro.


Parabéns a você que fica toda boba ao ver o filho dando os primeiros passos sozinho e que chega a chorar ao ver que ele já está crescido e não precisa tanto de seus cuidados.


Parabéns a você que liga para uma amiga pra compartilhar aquela novidade, que se desespera ao quebrar uma unha e que, pode até dizer que não, mas lá no fundo você não dispensa um elogio.


Parabéns a você que chora ao assistir aquele filme, a você que diz que não vai ligar mais para aquele cara e depois não resiste aos "encantos" dele.


Parabéns a você que aprende, mas que também tem muito a ensinar. Parabéns a você que espera a ligação no final do dia, que sorrir ao ler um SMS e que espera dormir de conchinha depois do sexo. Parabéns a você loira, morena, ruiva, branca, negra, mulata, amarela, indigena. Parabéns a você, a nós, mulheres.

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Para alguém que (talvez) nem lembra mais de mim.


"O seu sorriso não me sai do pensamento.
Vê se volta amor, eu não posso te perder.
Eu não consigo sem você, ficar distante é tão ruim
'cê' sabe que o meu amor é você."

Olá, tudo bem? 
Sei que prometi sumir de sua vida, assim como prometi pra mim mesma que não choraria, não lembraria de você, não sofreria mais por quem não merece minhas lágrimas e talvez nem o meu amor, mas quebrei todas as promessas. Chorei ao escutar a nossa música, lembrei de você ao acordar e antes de dormir e acabei sofrendo por ver que não estás mais ao meu lado. E agora quebrei a primeira promessa que eu tinha feito: deixar você seguir sem mim. Não dá menino, não dá. 


Ninguém entende porque eu continuo insistindo em nós dois, me chamam de louca, falam que eu gosto de sofrer, mas você pode cometer 99 erros, mas sempre terá 1 motivo pra mim insistir em você. Em nós. 


Sinto sua falta, menino. Sinto falta do jeito em como segurava em minha mão e de como você ficava lindo quando sentia vergonha de algo. Sinto falta do seu sorriso e do seu olhar. Sinto falta do seu cheiro, da sua voz, do seu abraço. Sei que posso viver sem você, mas eu não quero. Quando penso que estou lhe esquecendo tem algo que sempre me faz lembrar de você. Seja uma música, a vizinha que de tanto lhe ver em minha casa pergunta por você quando você não vem ou até mesmo seu programa favorito. Tá difícil, menino. Não estou conseguindo sem você. 


Lembra daquele dia que nos reencontramos depois de tanto tempo sem nos ver? Então, eu pensei que já estava preparada pra te ver, que não sentiria mais nada, porém foi uma grande ilusão. Vi que o amor só fez crescer, crescer e crescer. E meu coração acelerar. E eu me perguntei: cadê aquela menina forte que já conseguia caminhar sem você? Desapareceu. Sumiu de uma hora para outra. 


Ontem fui ao cinema assistir aquela comédia que nós tanto queríamos assistir. O filme é bom, mas do que adianta está em um cinema assistindo um filme ótimo se eu não tenho você ao meu lado pra rir comigo? Do que adianta comprar um vaso de pipoca se eu não tenho você para dividir? Nada adianta. Descobri que tem vezes que só vemos que precisamos muito de algo quando estamos longe, e assim eu descobri que preciso de você mais do que eu imaginava. Por isso estou aqui largando tudo e correndo atrás da pessoa que eu amo, pois tudo o que eu preciso está em outra rua, em outra casa, conhecendo novas pessoas e deixando de contar a elas a nossa história. 


Me diz, você está feliz? Acho que sim, não é? Mas ao encostar a cabeça no travesseiro você não lembra nem um pouquinho de mim? Eu não te fiz bem nem um pouquinho sequer? Você me fez tão bem. Eu posso ser feliz sozinha, eu sei disso, mas serei muito mais se souber que terei você comigo "sempre". Eu posso aguentar tudo sem reclamar, se eu tiver a certeza de que ao chegar em casa você estará a minha espera para mim acolher e me ouvir contar sobre meu dia. Eu posso sim enfrentar meus medos e a vida com um sorriso, se eu souber que você estará segurando a minha mão. 


Desculpa, desculpa. Eu sei que não deveria lhe mandar esta carta, mas a gente cansa de guardar certas coisas para nós mesmos. Eu cansei de guardar essa saudade que sinto de nós dois, de você. Cansei de prender esse amor. Cansei de ficar longe de você. Por isso estou aqui de braços e coração aberto. Medo? Tenho sim, muito. Medo de que dê tudo errado de novo, de sofrer mais uma vez, mas algo tá faltando algo (leia-se "você") e eu gastei todas as minhas fichas para apostar em você novamente. Faz com que dê certo. Estou jogando tudo pro alto, as promessas, as tentativas de lhe esquecer, o medo... Faça o mesmo. Se você, assim como eu deseja tanto que as coisas entre nós dêem certo, vem. Segura na minha mão e vamos caminhar juntos. Lado a lado. Mas se tiver a intenção de soltá-la, pode ir. Nem responde essa carta, nem me procura mais. Só leva as lembranças que tenho de você. Está em suas mãos, vem? 


Um beijo da sua menina, do seu amor, da sua pequena
que espera noticias suas. Eu te amo.

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O início do texto é a música
"Eu não consigo sem você - Exaltasamba."

domingo, 22 de janeiro de 2012

Sobre as coisas que eu acredito e mais um pouco de mim.

Muitas vezes é necessário largar a mão do pai, soltar a barra da saia da mãe e enfrentar a vida sozinho por mais difícil que seja. É necessário sair e colocar a máscara de sou-forte-e-resolvo-minhas-coisas-sozinho. Jogue uma pedra no telhado do vizinho aquele que nunca quis fugir do mundo no mínimo por uma hora. Alguém jogou? Algo me diz que não.


Acredito que todos nós temos um lado que precisa de carinho, amor, proteção. Até aquelas pessoas que se dizem fortes e capazes de aguentar tudo o que a vida nos proporciona. Eu, você, aquela sua tia chata que sempre pergunta se você arranjou um namoradinho, aqueles que não tem abrigo, o policial, todo mundo precisa de um lugar para sentir-se em paz, para fugir desse turbilhão de problemas, dessa violência que vem aumentando a cada dia e assim entrar em contato com um mundo só nosso. Ou melhor, só seu. E posso contar uma coisa para vocês? Eu já achei esse lugar. Quando preciso fugir do mundo me tranco em meu quarto e corro atrás dos meus livros, minhas músicas e minha agenda que tem minhas citações e textos prediletos - sim, eu tenho uma agenda. Sinto-me bem quando leio ou escuto algo que transmite o que sinto naquele momento ou diz um pouco do que sou. As palavras têm esse poder de nos deixar bem ou mal, sabe? E caso esse "ritual" não resolva, peço um abraço ou colo a minha mãe - aprendi recentemente que se tem alguém que eu poderei confiar 100% é minha mãe, mas isso é outra história.


Você deve está se perguntando - ou não - quem sou eu para falar do que todo mundo precisa, sendo que não passo de uma adolescente que acabou de completar dezesseis anos, certo? Eu mesma sei que ainda estou crescendo, mas a cada dia que passa venho aprendendo com alguns erros e tentando me transformar em uma pessoa melhor a cada dia. É amigo, a vida não espera que tenhamos uma idade suficiente - se é que existe isso de "idade suficiente" - para nos "convidar" a enfrentá-la. Mais cedo ou mais tarde teremos que nos tornar pessoas responsáveis e capazes de resolver suas próprias coisas. Ou seja, teremos que amadurecer. Porém, se tem um lado meu que jamais amadurecerá é o de "se dar" para as pessoas. Se gosto de alguém, gosto verdadeiramente. Sou intensa. Talvez seja um grande defeito, não sei, mas já perdi as contas de quantas vezes coloquei outras pessoas como prioridade. É um erro, eu sei, porém é algo do qual não consigo me livrar. Agrado, ajudo, abraço, largo o que estiver fazendo quando vejo que precisam de mim e por ser assim tomo MUITO na cara - é em caps lock, negrito, itálico e sublinhado para vocês verem que é muito mesmo. Sou boa com quem é comigo, mas caso queira conhecer meu lado ruim... Cuidado, tenho o costume de me surpreender com o meu próprio eu. Posso ser azeda, doce, gentil, cobra... Enfim, posso ser o que você mais esperar, porém na hora em que eu quiser.


Sou daquelas que não esconde o que sente. Se amo, demonstro como posso. Se não gosto, demonstro também. Uma duvida: se não vou com a sua cara, por qual motivo tenho que ficar lhe dando sorrisinhos e forçando amizade? Isso não combina comigo. Mas caso você seja aquela menina-super-chata-que-eu-não-suporto, porém me diga um "oi", eu responderei. Entendam: forçar simpatia e ser falsa é uma coisa, ser educado com quem você não gosta é outra totalmente diferente. Se sinto ciúmes, sinto mesmo. Mando você ir atrás daquela pessoa, mas morro de medo que realmente vá - e isso serve para amigos também. Se vou a um lugar e não gosto, digo a verdade - minha mãe sabe muito bem isso.


Portanto, tenho um lado adulto - que ainda estou descobrindo - e um lado infantil. Sou um livro que tem aquelas partes maravilhosas e outras que nos faz ficar entediados. Algumas pessoas conseguem prosseguir e continuam a leitura, outras fecham o livro antes mesmo de chegar a metade. Se quiser ler, fique a vontade, quem sabe você goste da história. Caso não queira, opção sua. Talvez eu seja complicada demais para o seu raciocínio. Uma verdadeira tempestade em copo d'água.

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Notas: Olá meus lindos, como estão? 
Me desculpem por ficar tanto tempo sem postar, mas vem acontecendo tantas coisas que eu nem tenho coragem de escrever.
Talvez o texto tenha saído meio confuso, não sei.
E vocês, estão bem? Um dia saberei criar títulos melhores.
Um beijo grande.