segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Saudades




Acordei naqueles dias em que sinto saudades de certas pessoas, coisas e momentos. Saudades de momento que, infelizmente, não voltam. Que só poderia reviver nas lembranças. E, em especial, acordei com saudade de uma pessoa.


Tudo começou em 2007, lembro-me bem quando a conheci (em uma sala de aula) através de outra menina que, por sinal, era a melhor amiga dela naquele ano e eu nunca a suportei (a outra menina, que fique claro). Gostei dela de cara, admito, mas nunca imaginei que criaríamos algum laço de amizade. Porém, meses se passaram e nós começamos a ter contato além daquela sala de aula e, a garota acabou se tornando muito mais que uma simples colega de classe, se tornou uma amiga, uma irmã.


Infelizmente, como todos nós sabemos, a vida adora joguinhos e nos proporciona diversas surpresas e, por causa de pequenos deslizes nos afastamos e tenho que reconhcer: nos tornamos desconhecidas uma para a outra.


Agora, aproveitando a oportunidade, olhei suas redes sociais e pelo que vi, me parece que ela está feliz. E é tão bom quando uma pessoa querida está contente, de bem com a vida, concordam? Pois bem, eu só lamento não poder fazer parte desta felicidade. Lamento que ela não compartilhe mais nada comigo. Mas, através deste texto, aproveito para dizer que, independente de qualquer coisa ou distância, eu sempre vou querer vê-la bem, assim como ela esta hoje, feliz. Sorridente. E que ela lute sempre pelos seus objetivos e não deixe ninguém colocá-la para baixo, porque ela é uma pessoa extraordinária. Ela tem potencial para conquistar seus alvos, mas que tenha sempre em mente que para conseguir isso não é necessário subir em ninguém - mas ela não faz isso; não pisa nas pessoas para ter o que deseja. Gostaria de dizer também que, caso ela sinta-se triste e pensar que não tem ninguém ao seu lado, que ela lembre-se de mim, pois mesmo sem nos falarmos ela sempre terá uma parte imensa no meu coração e é só gritar que eu estarei disposta a ajudá-la. Que ela lembre-se também que, caso queira escutar palavras de conforto ela me ligue, porque mesmo eu não sendo uma perfeita conselheira, tentarei colocar um lindo sorriso no seu rosto. E que ela tenha em mente que a saudade tá doendo demais.


Se eu soubesse que isso aconteceria, teria aproveitado muito mais nossos momentos, desfrutaria mais de cada conversa, brincadeira, ligações e segredos. Teria tirado proveito de cada momento nosso.


Agora, digitando este texto, me surgiu uma dúvida: será que ela sente minha falta? Será que ela ainda lembra-se - nem que seja só por cinco segundos - de mim? Confesso que lembro dela todos os dias e dar uma vontade de sair correndo até a casa dela, abraçá-la e dizer "olha, amiga, eu estou aqui. Vamos continuar de onde paramos?" Vontade de dizer que eu gostaria de tê-la perto de mim, sentar e lhe contar coisas que mais ninguém sabe, estar junto dela a cada descoberta e experiência que ela adquiri ao longo da vida, lhe chamar de amiga mais uma vez. Porém, por falta de coragem isto fica apenas gravado em palavras. Em mais um texto que ela nunca lerá. Mas, eu desejo - e espero esperançosamente - que um dia nós possamos fazer com  que essa amizade renasça de novo, pois tem coisas das quais eu não quero me livrar nunca e a amizade dela é uma delas.


P.s: Sinto sua falta. O tempo todo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pedido ao Pai de todos nós

Querido Papai-do-Céu,
como deveria começar esta singela carta? Com um quero-te-pedir-uma-coisa ou gostaria-que-o-Senhor-atendesse-meu-pedido? Vou optar por outra coisa: preciso que o Senhor me ouça. Eu nunca fui dessas garotas que pedem, imploram coisas por causa de um simples menino, mas tem um carinha que está me tirando o sono. Ele chegou silenciosamente, como um animal preparando-se para atacar sua presa e acabou me conquistando. 


Eu sei que foi o Senhor quem quis que isto acontecesse e, eu não estou reclamando, pelo contrário, sou e serei eternamente grata por ter me mandado este garoto, foi uma das melhores coisas que ganhei na vida. É, ganhei, pois considero-o um presente e creio que eu tenha feito algo muito bom para tê-lo comigo. Mas sabe, meu Deus, com o tempo muitas coisas mudam, não sabemos se pra melhor ou pior, mas mudam - e isso todos nós sabemos - mas o problema todo é esse. Se o senhor quiser que mude, pode fazer com que mude para melhor? Por favor, meu Pai, eu nunca fiquei com tanto medo de perder alguém - tirando minha mãe e meu irmão - nessa vida. Sempre tive receio que as pessoas viessem à me conquistar, deixassem sua marca e depois desaparecessem sem dar ao menos um tchau, mas com ele é diferente. Eu choro se ele muda de humor comigo, eu fico cabisbaixa se ele entra no MSN e não fala, fico triste quando ele não vem me ver e, se eu souber que ele não vem, fico o procurando em todos os cantos porque dentro de mim tem uma plantinha chamada esperança que me faz pensar que talvez ele possa sim aparecer. Sinto-me bem só com um abraço daquele moço e o melhor presente que ele pode me dar é o seu sorriso. E que sorriso, viu! Com todo respeito, o Senhor caprichou, em Papai-do-Céu? Eu nunca vi sorriso mais lindo e mais cativante que aquele. 


Outra coisa, quando vamos sair ele pode estar com a roupa mais simples do mundo, porém fica lindo. E eu? Reviro meu guarda-roupa da cabeça aos pés atrás de encontrar algo fique a altura dele. E veja só, eu que nunca pensei em casar, desejo construir uma família com ele. Oh Pai, a coisa está séria. Sem falar nas diversas vezes em que ele fica olhando pro horizonte e eu fico olhando para ele com cara de menininha-tola-e-apaixonada e pensando em como eu quero tê-lo pra sempre, ou enquanto estiver viva - e que seja por muitos anos para podermos aproveitar muito. E logo depois que eu desperto do transe, eu digo "droga, droga droga! Por que gostar de alguém enlouquece? Por que amar não poderia ser fácil?" E eu sempre continuo sem respostas. Ah, Pai, tem vezes que alguma filha-da-mãe-que-sempre-gosta-de-cara-compromissado joga charminho pra ele e eu fico com raiva, ciúmes e mais um monte de coisa junto. E dá vontade de jogar tudo para o alto e tentar ser feliz sem ele. Mas quando ele vem pra perto de mim, junto com aquela cara que parece dizer vem-aqui-cuidar-de-mim e com um cheirinho delicioso que só ele tem, eu penso - é, nessas ocasiões penso mais do que falo - "que se dane tudo, problema se amar é complicado, se dói, mas eu amo esse homem!" e fico no mundo da lua.


Por isso que estou lhe fazendo este pedido através desta carta: tem como o Senhor colocar ai no livro da vida - sempre me disseram que no céu existe um livro no qual tem a vida de todo mundo escrita - que ele é minha alma-gêmea? Que os espaços entre os dedos das minhas mãos foram feitas exatamente para caber os dedos deles? E que nosso amor vai crescer cada vez mais e que construiremos um lindo futuro juntos?


Não sei se estou pedindo muito, porém sei que a decisão é Sua e que tem que ser feita a Sua vontade, mas quer saber de um segredinho? Espero que a Sua vontade seja esta. Porque, meu Deus, por causa daquele moço eu deixo minha preguiça de lado e lavo, passo e cozinho para ele.

Com carinho, a Tua filha apaixonada.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Internet x Carta



Semana passada parei no blogger da excelente Clarissa Corrêa para ler mais um texto fabuloso - não é bajulação, é realidade - e um trecho de uns dos textos dela dizia assim: "Hoje em dia a internet deixa tudo mais rápido. E mais impessoal. Desculpa, mas eu acho. Adoro cartão, carta, bilhete. Toque. Fico pensando como vai ser no futuro."


Concordei, refleti e por fim conclui minha opinião. A internet hoje em dia, por melhor que seja para nos comunicarmos em questões de segundos com diversas pessoas de qualquer lugar do mundo, faz com que cartas e bilhetes fiquem esquecidos.


Sinceramente, eu sou um tipo de pessoa que gosta sim de receber carinho por redes sociais, porém em primeiríssimo lugar eu prefiro me deliciar lendo aquele bilhete que me enviaram com tanto carinho. Isso não quer dizer que eu não evidencie o quanto beltrano é importante pra mim, ao contrário, demonstro sim o meu afeto por alguém virtualmente - principalmente aos meus diversos amigos virtuais - mas faço questão de falar pessoalmente ou utilizar bilhetes. Papéis. Adoro sentir a emoção das palavras, elas parecem que me abraçam. Acolhem. Neste momento você deve está me chamando de louca, mas vai dizer que você nunca sentiu isso? As palavras nunca se encaixaram perfeitamente em você? Caso isso não tenha acontecido, desculpe-me, mas eu só tenho a lamentar. Palavras, quando demonstram verdadeiros sentimentos, são magníficas. Por isso, sou uma amante de bilhetes, cartões (principalmente aqueles inesperados) e cartas.


Por falar em cartas, alguém me diz por onde elas andam? Será que hoje em dia alguém escreve carta? Puxa vida, tudo agora envolve a internet! Quando quer dizer que gosta de alguém é só tirar uma foto com um papel no qual tem o nome de fulano escrito. Se quiser dizer o quanto sicrano é especial manda um depoimento no Orkut ou algo assim. A mesma coisa acontece com as fotos. Atualmente, dentre dez pessoas, apenas duas revelam fotos. Três no máximo. Sinceramente, eu não gosto disso. Fotografia, a meu ver, é algo como lembrança. Se você tirou aquela foto foi pelo fato de você querer eternizar aquele momento com aquelas pessoas. Mas não, a maioria das pessoas hoje em dia tira fotos pensando em colocar no álbum do Facebook. Fazer o que, nem todo mundo é piegas como eu sou. Nem todo mundo gosta de colocar fotos no bom e velho porta-retrato. Nem todo mundo pensa como eu. Mas ainda bem que existe o nem-todo-mundo, ou seja, isso quer dizer que eu não sou a única careta que existe. E quer saber um segredo? Sou feliz assim. Me sinto bem assim, antiquada. E admito, escrevo cartas até hoje e a propósito, adoro recebê-las.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Coisas que eu odeio em você


Na última semana eu estava conversando com um colega e ele me perguntou uma coisa na qual eu nunca tinha paro pra pensar. Perguntou-me o que eu odiava em você. Eu, que sempre tenho respostas na ponta da língua, fiquei sem saber o que responder. Pensei, (re)pensei e não consegui responder nada. Passou um, dois, três dias e eu pensando nisso. Tentando encontrar algo em você que eu odiasse. Aliás, odiasse não, pois é uma palavra muito forte, mas algo que não me atraísse. Até que achei a resposta.


Eu odeio o modo como você sorrir e fala quando está sendo irônico, porque você sabe que eu só gosto da ironia quando sou eu que a uso. Odeio quando você nota em mim coisas que eu quero esconder, tipo quando estou com ciúmes e não quero admitir. Odeio o quanto você está certo na maioria das coisas ou quando acontece algo que minutos atrás você disse que aconteceria. Eu odeio o quanto você é convencido e organizado, porque você sabe que eu nunca fui lá essa garota organizada e muito menos convencida. Argh! Odeio o quanto você me tem nas mãos e sabe que o seu sorriso de canto acaba comigo - os outros também, mas o de canto é fatal. Sério, ele me desarma totalmente e me faz pensar "pra que um sorriso desses? Por que você não pode simplesmente sorrir sem provocar algum efeito em mim? Droga, droga, droga!" E o pior de tudo: você sabe que ele tem esse poder e sorrir desta forma só para ver-me assim, toda derretida por você.


Eu odeio quando você sabe o que sinto ou me manda fazer algo como, por exemplo, tomar remédio pra mim não ficar doente; sendo que eu não suporto que me mandem fazer as coisas, porque eu sempre quero mostrar que posso ser responsável e mostrar que sei me cuidar sozinha, mas você também sabe que na maioria das vezes eu preciso correr pra perto de você e ganhar um abraço maravilhoso, forte, protetor. Eu odeio as diversas vezes que eu quero pegar você e guardar dentro de uma caixinha só pra mim e odeio o quanto isso me faz pensar que sou egoísta. Odeio quando estou com raiva e você me faz rir, porque eu não sei se você sabe - deve saber afinal você me conhece da cabeça aos pés - mas eu odeio rir para alguém quando estou com raiva, principalmente quando estou chateada com a pessoa que me causou o riso. Odeio o quanto você me faz pensar em você quando está longe e o fato d'eu te querer mais perto quando está por perto. Odeio quando você diz que vai ligar e acaba não ligando. Odeio quando está comigo e checa o celular inúmeras vezes ou quando estamos separados e por sua causa eu checo o celular milhões de vezes. Sei lá, quem sabe você não telefonou ou mandou mensagem e em um momento de distração eu não vi? Odeio o seu silêncio e quando fala algo sobre aquela garota que não me agrada e quando não pega na minha mão - eu acho tão bonito pequenos gestos como este. Odeio quando eu lhe digo algo que é sério pra mim e se torna besteira pra você. Odeio o medo que sinto de algum dia lhe ver ao lado de outra. Mas, quer saber a verdade? Odeio não conseguir te odiar. Odeio gostar tanto de você.