segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Adeus ano velho, feliz ano novo


... que tudo se realize no ano que vai nascer.
Muito dinheiro no bolso,
saúde pra dar e vender."*



Então é isso. Mais um ano chegando ao fim. Preciso admitir que amo esse clima mais harmônico, digamos assim. 
Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por tudo o que me proporcionou. Dois mil e treze, que tinha tudo para ser um péssimo ano, foi um ano muito bom. Conheci gente nova com as quais fiz amizade, comecei o ano com um grande passo em meu relacionamento, concluí o segundo grau, passei no curso técnico, estagiei em um lugar foda e o último, porém não menos importante, minha família permaneceu ao meu lado. Sabe, são coisas simples assim mas que me fazem ter a certeza de que Alguém olha por mim. Obrigado, meu Deus; sem Ti nada seria possível.

Bom, quero desejar um abraço à todos vocês. À quem passou em jornalismo, direito, farmácia, psicologia e aos demais. À quem noivou, casou e está construindo sua vida ao lado da pessoa que ama. À quem teve filho ou ganhou um sobrinho. Quero abraçar quem explorou o mundo e quem planeja explorar. À quem estuda na esperança de uma vida melhor desejo sorte. "Quem acredita sempre alcança", lembram? À quem saiu, dançou, beijou e pagou mico, meus parabéns. Se fez isso acompanhado, melhor ainda. Curtam esses momentos. O mundo possui tanta coisa desagradável, que coisas boas assim merecem ser mais vistas e vividas, principalmente. Um abraço ao banqueiro, ao gari, à cozinheira, às auxiliares domésticas e à todos aqueles que trabalham. Agora, meu abraço bem apertadinho àqueles que perderam seus entes queridos - tio, avó, pai, mãe e o cachorro também. À quem perdeu filhos, namorados e amigos naquela tragedia lastimavel em Santa Maria. À quem perdeu suas casas nessas enchentes e à quem tenta sobreviver no meio de tanta seca. À quem foi à rua lutar por um mundo melhor, por um BRASIL melhor. Meu abraço à todos vocês. 

Que dois mil e quatorze chegue renovando as nossas esperanças e trazendo um mundo mais honesto, mais unido e com mais amor ao próximo. Que possamos sonhar mais e realizar mais. Planejar mais e viver mais ainda. Vamos cumprir as coisas que colocamos naquela listinha de coisas-para-se-fazer-ano-que-vem; vamos olhar o próximo com mais amor e humildade, vamos acreditar em mim, em você e naquele ali ao lado. Você pode, eu posso. Vamos acreditar que será sim diferente e vamos fazer a diferença neste novo ano. Vamos dar adeus a dois mil e treze, mas vamos receber dois mil e quatorze com muita energia positiva, fé, paz e amor. Vamos viver! 

Feliz 2014! Tudo de bom! 

*Desconheço o compositor.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dando adeus à infância cedo demais

Eis uma pergunta: o que vem acontecendo com as crianças de hoje em dia?

Atualmente é raro achar uma criança que realmente viva como criança. Brincadeiras como amarelinha, pique esconde, cinco-marias (eu adorava!) e dono da rua tornaram-se esquecidas. Programas de TV infantis foram substituídos pelo Facebook e outras redes sociais. Onde foi parar aquela magia infantil? Eis a questão.

Quando eu era criança, além de amizade com pessoas da minha idade, eu andei com uma turminha em que as pessoas eram cinco/seis anos mais velhos que eu. Naquele tempo, aqui em Salvador havia uma festa chamada "Cala a boca e beija logo" e como eles já estavam na adolescência com aquela vontade de curtir, eles sempre iam juntos. E era engraçado, pois eles sempre me diziam "daqui há alguns anos você vai com a gente, mascote" e minha resposta era sempre um sorriso amarelo. Mas logo passava e eu voltava a curtir meus dez anos. A minha infância.

Hoje com dezessete recém-completados, olho as crianças e não as vejo mais como crianças. Infelizmente, elas estão adquirindo uma maturidade - ou seria precocidade? - fora do normal. Deixaram as bonecas de lado e só querem saber de "bonecos" de carne e osso. Cada vez mais querem agir como adultos e atingir uma fase na vida que não é para a idade delas. Eu, particularmente, acho isso um pouco triste. Para mim, criança tem que curtir a infância, essa fase gostosa em que não temos nadinha de nada para nos preocuparmos. 

Se eu pudesse (lê-se: se eu tivesse coragem) reuniria o máximo de crianças possíveis e diria para aproveitar a infância porque ser criança é uma delícia. Atire a primeira pedra quem não acha isso. Claro que ser adolescente/adulto tem sim suas vantagens, mas ser criança também tem. Para começar, não temos nada com o que se preocupar. Segundo, tínhamos mais certezas das amizades ao nosso redor. E sucessivamente vem os sonhos, a maravilha de dizer que era o super-homem, a Barbie, a Cinderela, o power ranger vermelho que os meninos sempre queriam ser e a power ranger rosa que sempre fazia nós meninas discutirem para ver quem seria.

Sabe, não quero ser injusta, não quero pagar a língua um dia, tampouco quero estar julgando alguém, porém acho uma pena os pais que não mostram aos seus filhos a magia que é ser criança, pois só quando crescemos podemos ver o quanto a realidade machuca, assusta e o que a gente faria para aproveitar a  infância por mais tempo. Ê tempo bom!

sábado, 23 de março de 2013

O strip-tease que eu espero de você

Eu jurei a mim mesma que não ia te cobrar mais nada. Afinal, eu sempre soube que depois de uma decepção é difícil ser o mesmo novamente. Depois de uma desilusão a gente sabe que para voltar a ser a mesma pessoa e se entregar novamente é um processo enorme e complicado. Graças a isso, eu sempre entendi esse seu medo de entrega total. 

Eu tentei te ajudar a esquecer os acontecimentos de tempos em que nós nem imaginávamos nos conhecer. Eu tentei tanto que cheguei a fazer um strip-tease, lembra? Eu lembro como se fosse hoje pois nunca tinha feito isso para um alguém sequer. Senti um medo danado, admito. Assim que você me viu percebi o susto em seu olhar, afinal eu usava uma lingerie vermelha e você sabe que para mim vermelho significa a cor do amor.

Deixando de lado a menininha medrosa que existe em mim caminhei até você com a pouca sensualidade que consegui extrair. Desabotoei a insegurança e lhe permiti ver os sentimentos que você fez brotar dentro de mim. Pude ver o seu olhar receoso, mas tentei lhe dizer para não ter medo porque o amor é uma coisa bonita. 
Enquanto o meu medo deslizava por minhas pernas, tirei a máscara que envolvia o meu rosto e te deixei ver partes de mim que nunca ousei mostrar a alguém. Permiti que ouvisse minhas palavras, que provasse de minhas alegrias e enxergasse os meus sentimentos como uma verdade nua e crua. Você me tocou, me sentiu, me teve. Desvendou. Descobriu. Mas quando ousei te tocar, você se retraiu. Lembrei das cicatrizes que você carregava e te dei mais tempo para sentir segurança em mim. Entretanto, quando ousei te descobrir e te ajudar a ter uma nova coragem no amor, você encolheu-se mais uma vez. 

Desculpe, porém minha insegurança não me deixou esquecer desta vez. Eu sou daquelas que precisa de certeza hoje e amanhã. Tentei muito, juro, mas é difícil conviver com esse seu medo de entrega. Meu lado sonhador fez com que eu depositasse esperanças demais em você. Você sempre disse que eu te ensinei a amar novamente, mas eu preciso de mais. Por favor, agora é sua vez de me entender. Eu preciso de demonstrações. De entrega. De certezas. Preciso de alguém que saiba deixar o orgulho de lado e ceder pelo menos uma vez. Afinal, amar também é isso. É não se preocupar com o que dizem e lutar por quem se ama.  Amar é deliciar-se o lado doce e aprender com o lado amargo. E engana-se quem diz que amar é para os fracos. O amor, meu bem, tornou-se para os fortes. Para aqueles que não tem medo de se doar e quebrar a cara depois. É para quem ainda consegue sentir, demonstrar e falar, e você ainda parece meio inseguro para isso. Mas veja bem: eu tento. Estou quase sem forças, mas ainda tento por nós. Apesar de tudo e da sua demora, eu ainda espero por um strip-tease seu.