quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Quando o anormal vira normal

Hoje não estou aqui para falar de amor. Hoje não estou aqui para falar de união, felicidade, paz. Hoje venho falar de coisas que, infelizmente, retratam o nosso mundo atualmente.

Em todos os quesitos podemos ver a evolução do ser humano. Telefones celulares com sistemas maravilhosos e impressionantes, carros "automáticos", prédios sendo levantados em questão de "segundos", etc. Porém, onde se encontra tal evolução quando se trata de compaixão para com o próximo?

Hoje, na aula de educação ambiental, houve um debate. Aproveitando o argumento de um aluno, a professora disse que é um absurdo, hoje em dia, o anormal ser normal. E vice-versa. Passei o resto do dia me perguntando o que ela quis dizer com isso e cheguei a seguinte conclusão: primeiro, pense que você está passando por uma banca de revista. Ao olhar para ela, você ver estampado no jornal Correio a seguinte informação: "estuprada frequentemente pelo pai, criança de cinco anos é hospitalizada" ou "após dizer que não tinha dinheiro para dar, mãe tem 55% do corpo queimado pelo próprio filho". Agora eu te pergunto, caro leitor; como você reagiria à uma noticia dessa? Eu acredito que 80% da população diria um "Meu Deus!", "Em que mundo nós vivemos?", "Que absurdo!". Mas os outros 20% simplesmente olhariam, leriam e seguiriam o seu caminho. Agora você já se perguntou o porque disto? Se não, permita-me que te responda: porque situações assim tornaram-se tão corriqueiras, que já não chocam mais a pessoa. Ou seja, o que eu estou querendo te dizer é que, antigamente, filho nenhum "bateria de frente" - usando a linguagem coloquial - com os pais. Mas este ato que antes era anormal vem fazendo-se tão presente no cotidiano que se tornou normal.

Em forma de argumento, há pessoas que ousam dizer que a culpa é da lei ou de quem prende e vinte dias depois solta.
Será mesmo que é da lei? Afinal, a nossa constituição é tão bem elaborada que dá até pena, digamos assim, de colocar a culpa nela. Pois não, eu digo que a culpa não é da lei. Veja um exemplo: imagine que tens uma FERRARI ou um CAMARO AMARELO e um deficiente visual resolve dirigi-lo. O que é mais provavel acontecer? Um trágico acidente. Ou seja, a lei está ali mas NÓS não a cumprimos. Eu, você e eles a ignoram na maioria das vezes. Assim como consta em um dos dez mandamentos "não matarás" e o que vemos é a taxa de assassinatos aumentar por dia! 
Segundo: ouso dizer que a culpa é da falta de por em prática a educação e, principalmente, o caráter. 

Acredito que com manifestações ou campanhas podemos mudar essa situação. É triste ver que família se volta contra família. Se você não respeita a sua, imagina respeitar o próximo. E lembrem-se sempre que a mudança começa em si mesmo.

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